ATÉ VOCÊ, GUILLON!


Muitas críticas já se fizeram sobre os quatro Evangelhos de JEAN BAPTISTE ROUSTAING. Apenas uma ficou sem destaque, ou seja, até o Tradutor Dr. Luiz Olimpio Guillon Ribeiro, (como Kardec já tinha advertido publicamente), deixa claro a prolixidade da obra, desta feita utilizando da linguagem subliminar para não desagradar seus pares febeanos. Vejamos os atropelos e tropeços do tradutor, logo no início, intitulado – DUAS PALAVRAS. Ed. FEB – 1971.

PÁGINA 10 - DUAS PALAVRAS - GUILLON RIBEIRO – TRADUTOR

ou

“PÁGINA 10 – DUAS FACES – GUILLON REBEIRO – FEBEANO”

Em junho de 1866 Kardec já tinha opinado sobre a obra de Roustaing. Senão, veja-se: “a obra poderia ter sido reduzida a dois, ou mesmo a um só volume...”.

Se Kardec, profundo conhecedor do espiritismo já havia advertia sobre a prolixidade da obra de Roustaing, repita-se: poderia ser reduzida de 3 a 2 volumes, ou até mesmo a um, quais razões levaram o tradutor , diretor por 26 anos da FEB, acrescentar um 4 e até suspirar um 5 volume?

Em suma: as razões do tradutor:

Ele entendeu compor “um índice remissivo, reconhecendo falho, deficiente, imperfeito, contudo sem ele a obra apresentava extrema dificuldade, completa impossibilidade de localizar grandes questões que o espiritismo veio por em foco. Além de vislumbrar que as matérias não apresentavam da forma que foram divididas, boa razão explicativa.”

Como se observa o tradutor reconheceu, também, como Kardec, a prolixidade nela contida, entretanto, não poderia reduzi- la por motivos óbvios, assim, buscou uma saída que agradasse aos febeanos: fazer um 4 volume, pois, como ele próprio menciona acima, “seria completamente impossível localizar grandes questões que o espiritismo veio por em foco pela forma que foi dividida, além de não encontrar boa razão explicativa.” (destaques nossos)

Uma indicação maliciosa: Ora, se a obra é o ápice da verdade divina, não vista em nenhuma outra (palavras do tradutor), por que razão a Editora recomenda a leitura de Kardec: O livro dos espíritos e O evangelho segundo o espiritismo? (destaques nossos)

Uma reflexão: o tradutor teria escrito um 5 volume , mas afirmou que lhe faltou capacidade. Teve, portanto a “nobreza” em reconhecer tal fraqueza. Mas sendo um dos adeptos da obra “divinizada”, frente a tantas incertezas, por que contrariou os ensinamentos de seu mestre Roustaing, sabendo “que uma das causas dos muitos espíritos falidos é pelo mau uso do livre arbítrio? Com todo o nosso respeito, o Sr. Guillon Ribeiro como tradutor, dentro do mínimo ético, deveria respeitar os textos ou outros materiais cuja tradução lhe foram confiada, não utilizando seus conhecimentos para desfigurá-los ou alterá-los;

Que pesem as palavras, mas a verdade deve ser dita: O Dr. Luis Olimpio Guillon Ribeiro, com sua falsa modéstia, cego espiritualmente, deixou transparente para quem quiser ver, a sua outra face de tradutor e poliglota que foi a serviço da Federação Espírita Brasileira.

Pontuando. Se tivesse tomado o rumo da imparcialidade, limitando-se ao estritamente necessário, a obra (talvez) teria ganho em popularidade, como já tinha dito Kardec.

2 comentários:

  1. Interessante a observação. Já tinha lido muito sobre o assunto,mas esse artigo abriu um leque a mais contra os absurdos de Roustaing.

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  2. O assunto abordado sobre o prefácio de Guillon Ribeiro até merece um novo livro sobre o assunto, pois no decorrer da obra é patente esses "atropelos" e "tropeços". Parabéns!!

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